sexta-feira, 24 de agosto de 2012






Convite Cerimônia de Lançamento da Cátedra


Cátedra em Tecnologia da Comunicação e Informação na Educação



Parceria com organismo internacional será realizada pelo Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED) e pelo Programa de Pós Graduação em Informática na Educação (PPGIE) da UFRGS

No próximo dia 29 de agosto, a Unesco e a UFRGS lançam uma parceria inédita na Universidade para o desenvolvimento de estudos e pesquisas em novas tecnologias para a educação. A Cátedra Unesco será coordenada pela professora Rosa Viccari e realizada pelo Centro Interdisciplinar de Novas Tecnologias na Educação (CINTED) e pelo Programa de Pós Graduação em Informática na Educação (PPGIE) da UFRGS.
O objetivo da cooperação é, a partir de estudos e novas pesquisas, expandir o acesso à educação e melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem no Brasil. O projeto se alinha aos objetivos estratégicos correntes da Unesco que enfatizam o aumento do acesso universal de informação e conhecimento, o suporte à criação de conhecimento, aquisição e compartilhamento, e a promoção de educação digital para todos. A parceria tem também a missão de formar uma rede de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) para educação, aproximando as cátedras já existentes, na área para possibilitar a criação de um plano de ações conjuntas pela educação.
O evento começa às 9h30 da manhã na sala João Fahrion da UFRGS, no 2º andar da Reitoria. Após a cerimônia de lançamento, com a participação de autoridades e de representantes de entidades de pesquisa, haverá apresentação de outras Cátedras da Unesco com universidades brasileiras na área da Educação. Outras informações podem ser obtidas no site da Cátedra.

terça-feira, 21 de agosto de 2012


Catálogo de Tecnologias Assistivas
http://assistiva.mct.gov.br/

Manual de Tecnologias para o desenvolvimento social 

http://www.mct.gov.br/upd_blob/0219/219329.pdf



06/02/2012 - 17:59
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio da Secretaria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (Secis), lançou o Manual do Proponente, que traz as orientações básicas para os interessados em apresentar projetos na área.

A Secis apoia propostas nas áreas de difusão e popularização da ciência, de fomento a tecnologias sociais e assistivas, de inclusão digital e de inovação e extensão tecnológica para o desenvolvimento social.

No manual são indicadas normas e procedimentos para o cadastramento de proponentes e para apresentação, habilitação e seleção de projetos, bem como para acompanhamento, avaliação e prestação de contas das iniciativas que venham a ser apoiadas.

A publicação, disponível em PDF no arquivo anexo, informa o leitor sobre os programas e ações da secretaria e as exigências para a celebração de convênios, termos de parceria e de cooperação e contratos de repasse. Explica também o passo a passo para se cadastrar no Sistema de Convênios do Governo Federal (Siconv), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

A publicação foi elaborada em acordo com a Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e inovação (Encti) e com os programas e ações sob responsabilidade da Secis previstas no Plano Plurianual, ambos de 2012 a 2015.

                                                                                                                                              [Matéria atualizada em 06/02/2012]

sexta-feira, 17 de agosto de 2012



Francis Pisani viaja pelo mundo para descobrir o que está sendo feito de inovação tecnológica ao redor do planeta. Com longa experiência na cobertura da área, ele tenta, por exemplo, descobrir se a próxima Apple poderá aparecer na África, na Ásia ou na América Latina. Acompanhe o projeto em francêsespanhol e inglês.

Malásia: ajudar a inovação das empresas sociais


Empreender nem sempre tem como objetivo único o enriquecimento. Algumas das pessoas que se consagram a essa atividade se interessam primordialmente pelos benefícios econômicos, mas número crescente de empreendedores desejam que suas empresas faça sentido, mesmo que o propósito seja o crescimento. Suas companhias podem ser uma fonte de inovações por, além do alcance tecnológico, terem também repercussão social. É esse o tipo de empreitada que o TandemFund.org, de Kuala Lumpur, Malásia, tenta ajudar.
"Nós investimos em empresas sociais que aderem a uma causa -a redução da pobreza, por exemplo-, mas ao mesmo tempo dispõem de uma maneira de gerar faturamento", me explicou Kal Joffres, o diretor da organização. "A missão das empresas deve ser social, e seu modelo de negócios derivado do setor privado", explicou. "Que obtenham ou não lucros, dependerá do mercado".
Trata-se de uma pequena revolução para a Malásia, país no qual a filantropia muitas vezes se limita a doar dinheiro a orfanatos e visitá-los para uma foto uma vez por ano. Financiado por uma fundação ligada a um banco, o Tandem Fund é mais ambicioso. Investe nas áreas da saúde, habitação, moradia e distribuição aos setores mais necessitados.
"Contentamo-nos com retornos inferiores à rentabilidade comercial, para os investimentos, o que chamamos de 'capital paciente'", acrescenta Joffres. Assim, o fundo se baseia em modelos menos conhecidos como a "dívida de risco", empréstimos para investimentos de capital em empresas iniciantes. Também pratica o conceito islâmico do compartilhamento de benefícios.
Entre as empresas que o fundo auxilia está a SOLS 24/7, que ensina inglês a jovens asiáticos desfavorecidos, cobrando as aulas apenas daqueles que vivem em países ricos como o Japão; uma companhia que recicla computadores antes de oferecê-los gratuitamente a organizações sociais; e a WeDesignChange.com, cujos designers trabalham voluntariamente para ajudar artesãos rurais a "elevar o valor de seus produtos sem aumentar os custos de produção".
Mas o dinheiro não resolve tudo e o Tandem Fund criou a Tandemic.com, que opera como consultora de empresas sociais. Um de seus modos de ação favoritos, adaptado de ideias praticadas em outros sites, consiste em realizar reuniões intensivas nos finais de semana. O Hack.Weekend.my se dedica a desenvolver programas, por exemplo um aplicativo para compartilhar carros entre amigos, dirigido a pessoas que não gostam de pegar carona com desconhecidos.
Os MakeWeekends estão reservados à primeira tentativa de materializar ideias mais ou menos elaboradas, audazes, loucas. "O final de semana permite que deixemos o trabalho de lado", disse Joffres. "Os jovens vêm para criar rapidamente protótipos de uma ideia, seja qual for. Nós nos ocupamos do modelo de negócios. Assim que o protótipo está pronto, eles podem decidir continuar o projeto por sua conta".
Com a ajuda do governo, a Tandemic colabora com o Innobridge, um projeto malásio que permite que estudantes se familiarizem com problemas de empresas. Essas últimas submetem casos por meio de uma plataforma online e os estudantes têm prazo de duas semanas para resolvê-los. Há concursos e recompensas monetárias para aqueles que encontram soluções úteis. As universidades de onde vierem as melhores respostas receberão prêmio do primeiro-ministro no final do ano.
É uma maneira de estabelecer pontos com o setor privado e fomentar o espírito empresarial. "É bom para a imagem das empresas e permitem que entrem em contato com futuros contratados", acrescenta Joffres. "E é excelente para que os estudantes percebam que são capazes de resolver um problema do mundo real e ganhar dinheiro. Isso lhes propicia grande confiança em si mesmos".
Tradução de PAULO MIGLIACCI


quinta-feira, 16 de agosto de 2012


Acontece no dia 23 de agosto, na Sala Aroeira do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, das 14h às 18h, um workshop de cooperação e intercâmbio científico entre UFSC e Universidade de Liverpool. A oficina será ministrada por  Fabio Miyajima, do Centro de Medicina Personalizada, da instituição inglesa, e tem por objetivo apresentar oportunidades para alunos de graduação e pós-graduação de diferentes áreas das Ciências da Saúde, Bioestatística, Biotecnologia e Ciências Biológicas, via Programa Ciências sem Fronteiras do CNPq e Conselho de Pesquisa do Reino Unido. As inscrições são gratuitas.
Mais informações:


Papel das redes sociais na superação da pobreza é tema de livro de pesquisador brasileiro lançado no Reino Unido

Karina Toledo, da Agência FAPESP
O papel das redes sociais na superação da pobreza e da segregação é o tema do livroOpportunities and Deprivation in the Urban South, lançado recentemente no Reino Unido pela editora Ashgate.
A obra é baseada na tese de livre-docência de Eduardo Cesar Leão Marques, professor do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo (USP) e pesquisador do Centro de Estudos da Metrópole (CEM) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP e também um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT). Para a realização do livro a coleta de dados foi ampliada e complementada por pesquisa qualitativa sobre o uso das redes no cotidiano dos indivíduos.
A pesquisa partiu do pressuposto – amplamente aceito na literatura científica nacional e internacional – de que segregação espacial tende a produzir segregação social. Segundo Marques, isso quer dizer que, embora duas pessoas possam ter a mesma renda, uma delas pode ter piores condições de vida e perspectivas de futuro se estiver isolada espacialmente, com menos acesso a serviços públicos, à informação e a contatos com outros grupos sociais diferentes do seu.
O objetivo do estudo foi investigar de que forma as redes de relacionamento de indivíduos em situação de pobreza poderiam influenciar essa equação. “Nossa hipótese era que haveria diferentes graus de isolamento de acordo com os tipos de redes sociais que as pessoas possuem”, disse Marques.
Para testar a teoria, pesquisadores do CEM analisaram as redes sociais de 210 pessoas em sete diferentes regiões pobres de São Paulo. “Selecionamos moradores de favelas segregadas, favelas situadas perto de bairros ricos e em distritos industriais, conjuntos habitacionais e cortiços. Também foram investigadas as redes de 30 pessoas de classe média, apenas para ter um padrão de comparação”, disse Marques.
As informações levantadas foram então relacionadas com uma série de indicadores sociais. Isso permitiu identificar, por exemplo, a influência que as redes de relacionamento tinham sobre a renda dos entrevistados e sobre a probabilidade de estarem empregados e conquistarem empregos com algum grau de proteção e estabilidade.
“Percebemos que as pessoas com grande parte de sua rede social em ambientes organizacionais – como empresas, associações comunitárias, igrejas e organizações políticas – tinham melhores condições de vida quando comparadas a indivíduos com redes muito locais, centradas na vizinhança, nos amigos e na família”, disse Marques.
Segundo os resultados do estudo, o contato com pessoas diferentes facilita a superação da pobreza porque promove a circulação da informação, de recursos econômicos e de repertórios culturais.
“O tamanho da rede social não fez tanta diferença. Ela pode ter um tamanho médio, mas não pode ser muito local e homogênea. Se uma pessoa pobre tem contato apenas com gente igualmente pobre e desempregada, as chances de conseguir sair daquela situação são pequenas”, disse Marques.
São Paulo e Salvador
Após a identificação das redes de pior e melhor qualidade, os pesquisadores do CEM selecionaram 40 entrevistados anteriormente para participar de uma pesquisa qualitativa sobre os usos das redes. “Queríamos entender como as pessoas mobilizavam esses contatos, como essas redes se configuram e mudam ao longo do tempo”, disse Marques.
Os resultados da investigação já haviam sido publicados em um livro, lançado no Brasil em 2010 pela editora da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Segundo Marques, no entanto, a obra recém-lançada no Reino Unido não se resume a uma simples versão da pesquisa para o inglês.
“O objetivo principal do livro em português era introduzir no debate nacional a ideia de que a pobreza é produzida também por padrões de inter-relação, não apenas por características individuais e pelos padrões de decisão dos indivíduos. Na Europa e nos Estados Unidos já existe vasta literatura sobre esse tema. O livro em inglês, portanto, dialoga com uma série de outras hipóteses presentes no debate internacional ligadas aos diferentes efeitos de redes sociais diversas, assim como à associação entre redes sociais e segregação”, explicou.
No dia 20 de agosto será lançado Redes sociais no Brasil: Sociabilidade, organizações civis e políticas públicas. Com organização de Marques, o livro compara os dados da pesquisa feita em São Paulo com resultados de outro braço do estudo realizado em Salvador, na Bahia, onde foram entrevistadas 153 pessoas.
“Salvador é uma cidade com estrutura social muito diferente de São Paulo. A pobreza é diferente, o mercado de trabalho é diferente e a sociabilidade é diferente. Mas as redes sociais são parecidas e o efeito delas sobre a pobreza também é semelhante”, disse Marques.
O lançamento ocorrerá a partir de 18h30 na Livraria da Vila, unidade Jardins, Av. Lorena 1731, em São Paulo.
Opportunities and Deprivation in the Urban South
Autor: Eduardo Cesar Leão Marques
Lançamento: maio de 2012
Preço: US$ 99.95
Páginas: 198
(Agência FAPESP)